quinta-feira, dezembro 24, 2015

Tentativas


o horizonte rompe meu corpo
se quebra o som em estilhaços de adivinhações
órbitas alteram as trações
toda falta de espaço é infinito
gradualmente a gravidade se vai
os acúmulos de silêncios são um inacabado grito
nada mais cai...

Quando o sol se levanta
cada um disfarça sua dança
ninguém admite normalmente ser esquisito
uma voz canta...

Anulam-se eventuais casualidades na hora dos faniquitos
por que insistimos em ter tantos ídolos?
pedimos sorte na herança do acaso
nos encanta mais um ocaso

tentamos não ser esquecidos.

(Rafael Belo, quinta, às 18h39, 23 de dezembro de 2015)

Um comentário:

Anônimo disse...

...tentamos não ser esquecidos!...lindo! Parabéns!