quinta-feira, março 16, 2017

maçãs no ar



maçã mordida mordisca nossa língua nos morde de volta
há uma reviravolta na origem da virgem ideia de ideal
pecado parasita patrocina nossa mania de ser item de série opcional
bem mal habita o mesmo pensamento desejo devora dúvidas e silêncios

um fechamento faz você tentação emoção da adrenalina em combustão
fogo fácil foco pelo corpo torto se contendo contorcido de lábios  intensos
penso não querer manter o original habitando desproporcional em mim o animal

solto sozinho saí em disparada na própria revoada de nadas deitados de costas
notas nascem nas nascentes das frutas caídas envolvidas anônimas enxurradas

brota uma escada no deserto dos grãos de areia escolhidos há pedras atiradas na subida rochas infinitas na descida e no ar uma semente esperando ser pomar de macieira de uma só mordida do começo.


+ às 23h48, Rafael Belo, terça-feira, 15 de março de 2017+

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