por
Rafael Belo
Estava se debatendo o coração no chão. Pelo
menos em partes, pois, estava espalhado por toda parte. Pulsava resistente
criando cada pedaço seu próprio inteiro até ficar sem proporções. As emoções
compartilhavam em empatia renascendo o incondicional ligando os dados da web no
atual sistema onde o Wi-Fi ainda não é democrático. Faz-se um ruído estático e
toca uma ligação.
Sensações arrepiam quem está do outro lado da
ligação confirmando o sétimo sentido conectando a alma direto a outras
conexões. O acidente não parou outros veículos, só deixou vários indivíduos
curiosos. Conheço o casal caído? Então, passavam se sentindo aliviados sabendo
de alguma forma não haver morte ali. Parecia mais vida. No meio daquilo tudo
havia Amor.
Passava de uma rápida sensação ruim para de
esperança, felicidade, alegria e dúvida. Como era possível haver Amor ali. Mas,
era uma pergunta com resposta. O Amor não é uma aposta. É certeza quando se
sabe ser único na encarnação do infinito, da paz de um indivíduo capaz de ser
coletivo e muito mais. Está inteiro mesmo ao se partir, doar o possível para
outros também estarem no evoluir.
O milagre visto por ali no fim da madrugada,
na rodovia cortando todo o país, espalhou como meme nas redes sociais. Em
poucos instantes o mundo todo se admirava. E se estava viralizado na rede
mundial com menções e citações ultrapassando a Lava Jato e a Odebrecht, só
podia ser real. Agora toda vez ao abrir o Google apareciam hashtags: o Amor não
acaba, O Amor não morre, e seus derivados. O Amor voltou a ser o mais buscando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário