fumaça arde nos olhos fuma minha pele viciada em
me detonar em carbono
pequenas explosões de bactérias desvirtuando as
artérias à ataques mentais
há vermes tentando teimosamente trucidar minhas
ilusões
perfuradas pelas privadas balas das metralhadoras
do cotidiano
os bisturis nos governam nos lobotomizando
misturando sangue e pensamentos
necrotério disfarçado de critérios engavetando
corpos apagando digitais
sou virtuais sensações reais projetando minhas
falsas certezas
há uma delicadeza cirúrgica nos matando as dúzias
enquanto nos comportamos imortais
caos no cais afundado dado a repetir nosso
afogamento
no momento estou percebendo o quanto foi ontem
todo o amanhã e este agora implantado em déjà vu no chip da minha enganação.
+às 12h19, Rafael Belo,
quinta-feira, 02 de março de 2017+
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