terça-feira, abril 25, 2017

Desmergulho



ironiza a baleia azul o comando do jato d’água na superfície respiração
no meio do oceano tudo tem o mesmo tom é um espaço de contenção do som
ninguém escuta a tentativa de atenção onde os cortes no mundo ficam mudos
há muita desproporção para lidar com a transição dos adultos eles nunca estão lá

nosso lar é uma casa engraçada bagunçada por sentimentos desordem danada
nada dá nas conversas desorientadas é uma constante primeira jornada distante
diante das estantes vazias a depressão submersa nos afoga no expressivo silêncio

tensos espaços exagerados gerados da confusão generalizada liberdade é prisão
dimensão paralela na própria realidade acesa na tela manipulando a substituição

a mesma janela nos pula de uma altura pedindo ajuda para conversar ignorar é saltar junto quem sabe empurrar não ver os sinais necessários para respirar.


+ às 23h50, Rafael Belo, segunda-feira, 24 de abril de 2017 +

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