o outro ouve ouro mas é mais um
mantido na manada
não é outro é o mesmo corpo
maltratado prata da casa ignorada
parte de degraus escada para o
nada não é pedra é almofada
um amortecimento da anestesia
vendida em cada esquina liberdade de fachada
valoriza a fogueira das vaidades
chamuscando falsos donos por dentro
o orgulho oportuno dá um mergulho
no escuro profundo da superficialidade
não há ninguém de verdade nestas
covas rasas valas da exaltação do sou bom
pirataria é falsificação do dom
quando o sono de outono vai cair sem chegar ao chão
estou a dormir mas não fecho os
olhos não vou invadir a minha paixão
desistir da ilusão de seguir
repetir o passo de quem está ao lado preso em tantos laços indo na mesma
direção
pisando passos partidos pelo
perdido passeio alheio da manada manifestação muito jogada está em observação a
debandada do eu a ação da destruição da autenticidade da personalidade do outro
em vão
mataram nossos irmãos com nossas
próprias mãos.
+às
13h01, Rafael Belo, quinta-feira, 13 de abril de 2017+
Um comentário:
"O sono de outono vai cair sem chegar ao chão" Perfeito#
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