por Rafael
Belo
Vivemos em
busca de algo. Queremos nos sentir bem e, às vezes, reviver aquele momento onde
tivemos paz. Só de lembrar os olhos brilham e lacrimejam de alegria, quando não
escorre uma lágrima abusada, não é? Mas, por melhor ser recordar, importante
mesmo é viver neste agora. Infelizmente, queremos acreditar nas propagandas, no
capitalismo selvagem e saímos comprando coisas, vendendo imagens, querendo
possuir pessoas e katabum: eis a felicidade. Opa! Não! É o avesso disso.
Tudo isso,
consequentemente, cria um ciclo de vícios de erros e infelicidade. Violentamos
nossa mente, nosso coração, nossa alma e nos afastamos do lugar onde mais
deveríamos estar. Chegamos e partimos achando estarmos vivendo com tudo
culpando os outros e o mundo. Geramos violência e nos machucamos, mas não há
culpa nisso. Culpa só causa mais violência. E agredindo a nós mesmos deixamos
de assumir quaisquer coisas e só queremos dormir. Temos de assumir nossos atos
e acordar. Ah, e a felicidade? Só podemos ser felizes se despertamos a paz.
Então,
pedimos, rezamos, oramos, nos
anestesiamos de todas as formas e, claro, mentimos. Não agimos e queremos
barganhar com a natureza, com o tempo, com nossa religião… E nos religamos por
acaso? Embriagamos-nos das ilusões mais perdidas nesta nossa inabilidade compartilhando responsabilidade e fraudes
acabando por desistir ficando com uma falsa estabilidade e paz. Pedimos paz,
exigimos paz, berramos por paz, ordenamos paz sem saber o significado, mas onde
está a paz?
Deus, na sua fé, na sua crença, em um lugar,
em uma pessoa, em um animal, em um livro, em uma canção, no seu trabalho, na
sua família, na sua habilidade, mas não está só nisso nem apenas Nele. A paz
não nos invade ou está acessível fisicamente, virtualmente… Ela é uma busca
dentro de nós. Não paramos de procurar a paz, mas ela está em nosso coração, na
quietude da mente, no sossego da alma… É preciso calma para alcançá-los.
Respirar fundo e sorrir para fechar os olhos e mergulhar no tal cair em si. Aí
nasce a paz.
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