migram pássaros para quentes espaços no silencioso estardalhaço de
sobreviver
instigam o abraço de cada mulher de aço oferecendo ninhos
temporários para quem precisa crescer
florescer pequenos invernos fraternos direto do poro solo do
conviver
vir ver viver cada caída temperatura do topo das alturas de quem
não sabe querer
rompe na pele toda uma floresta de galhos no entreter intrigam
quem não pode ser ilusão e é multidão fria secando ao estremecer
entortam os trens polares formados no verão com tanta solidão no
arroxear do close das flores abertas sozinhas enquantos outras vão fechadas sem
saber
com a própria leveza congelam o olhar do extremo alvo alvorecer e
algo dentro de nós passa a aquecer
é preciso dar o primeiro passo até para as asas ascenderem e
deixarem de manter
o sopro frio do inverno na nuca nua tentando tremer toda a rua
começando por você
caminhante esquecido desfavorecido pelos temperamentos caindo como
folhas no seco tempo a nos perder
quando o inverno fica desperdiça todo o fogo dispersa a friaca
apaga quem atiça a fornalha com a brasa coronária da chama divina detalhando
decididamente a hibernação do nosso ocorrer.
+ às 10h43,
Rafael Belo, terça-feira, 18 de julho de 2017+
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