terça-feira, julho 11, 2017

semeados



não penso nem tento cercar a liberdade
o vento me cheira e eu o tento respirar
sobra ar me engasgo em tanto espaço livre
abro todo minha pele me rasgo nada mais me agride

convive todo o possível olhar com tanto invisível em saudade
minha promiscuidade é inocente como dente de leite arrancado
pingos aturdidos soam no telhado com a chuva sonhando cair neste tempo seco

eco da desapropriação avive o despertencimento
cativo a Verdade todo o momento no cultivo do vento

somos semeados salvamentos até na soltura das gotas das torneiras noturnas na temperatura do temperamento.


+ às 09h07, Rafael Belo, terça-feira, 11 de julho de 2017 +

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