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“Foi ele”!
“Tenho que dizer é preciso”! Estas palavras, juntas, e cada uma delas, separadas, atormentaram a mente dele. Olhar para cima pedindo silêncio com um olhar de angústia sobre os ombros encolhidos, não era a resposta. Não obedecer tais palavras produzia um auto-estranhamento nauseante, nele, cada vez mais forte.
Ele colocava as mãos sobre o rosto e pesava a cabeça soltando um suspiro de “não agüento mais”! Mas, era só. Seus cotovelos afundavam cada vez mais sobre as coxas já raquíticas e a costas imitando uma bola de basquete, esparramavam as pernas para frente apoiadas em pés descalços. Estava se apagando por causa de palavras.
Criou uma antipatia de si mesmo e guardou tudo que refletisse sua imagem. Parou de saber das coisas e as pessoas que o conheciam, ele acreditava, que o haviam esquecido. Ele sabia que o tempo ainda passava pelo bolor nas comidas que ele não tocava pela poeira que se acumulava e pelas teias donas da casa. Mas, o principal era sua carne que ia dando forma aos ossos.
“Ela”, “Tenho que dizer é preciso”... Afundavam os olhos dele o faziam se rastejar até o banheiro onde tentava vomitar tais palavras. Escravo de si, não sabia como dizer o que precisava ser dito. Sua mente esvaziou-s também, exceto por tais palavras. Não se sabe quanto tempo foi preciso, mas, a mente ensandecendo fez o impossível para o corpo. Correu. Pleno horário de almoço. Alcançou uma praça lotada e, quando caiu, produziu um som oco no chão.
Ele não conseguiu dizer claramente. Os curiosos se amontoavam e diminuíam o ar que já lhe faltava. Gritos de silêncios não paravam, até parar. O socorro de branco prometia logo chegar. Um rosto familiar chegou feito um borrão e para formar as caras de interrogação de todos, somente encostou o ouvido nos lábios dele. Que balbuciou, na compreensão dos mais distantes, apenas gemidos. Depois apagou.
O borrão era ela. Que diante da insistência massiva, gritou aos prantos:
- “Fui eu”!, ele disse.
Ela inclinou a cabeça para a direita, como se olhasse para dentro e repetiu para si mesma em voz alta:
- “Foi ele”! Largou os ombros e correu.
“Foi ele”!
“Tenho que dizer é preciso”! Estas palavras, juntas, e cada uma delas, separadas, atormentaram a mente dele. Olhar para cima pedindo silêncio com um olhar de angústia sobre os ombros encolhidos, não era a resposta. Não obedecer tais palavras produzia um auto-estranhamento nauseante, nele, cada vez mais forte.
Ele colocava as mãos sobre o rosto e pesava a cabeça soltando um suspiro de “não agüento mais”! Mas, era só. Seus cotovelos afundavam cada vez mais sobre as coxas já raquíticas e a costas imitando uma bola de basquete, esparramavam as pernas para frente apoiadas em pés descalços. Estava se apagando por causa de palavras.
Criou uma antipatia de si mesmo e guardou tudo que refletisse sua imagem. Parou de saber das coisas e as pessoas que o conheciam, ele acreditava, que o haviam esquecido. Ele sabia que o tempo ainda passava pelo bolor nas comidas que ele não tocava pela poeira que se acumulava e pelas teias donas da casa. Mas, o principal era sua carne que ia dando forma aos ossos.
“Ela”, “Tenho que dizer é preciso”... Afundavam os olhos dele o faziam se rastejar até o banheiro onde tentava vomitar tais palavras. Escravo de si, não sabia como dizer o que precisava ser dito. Sua mente esvaziou-s também, exceto por tais palavras. Não se sabe quanto tempo foi preciso, mas, a mente ensandecendo fez o impossível para o corpo. Correu. Pleno horário de almoço. Alcançou uma praça lotada e, quando caiu, produziu um som oco no chão.
Ele não conseguiu dizer claramente. Os curiosos se amontoavam e diminuíam o ar que já lhe faltava. Gritos de silêncios não paravam, até parar. O socorro de branco prometia logo chegar. Um rosto familiar chegou feito um borrão e para formar as caras de interrogação de todos, somente encostou o ouvido nos lábios dele. Que balbuciou, na compreensão dos mais distantes, apenas gemidos. Depois apagou.
O borrão era ela. Que diante da insistência massiva, gritou aos prantos:
- “Fui eu”!, ele disse.
Ela inclinou a cabeça para a direita, como se olhasse para dentro e repetiu para si mesma em voz alta:
- “Foi ele”! Largou os ombros e correu.
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2 comentários:
qtos olhares ht's, meu caro; ainda assim sao olhares dignos. divulgue mais isso aqui.. até agora nem sei como o encontrei:) coisas da madruga, nénão?!
Obrigado, senhor(a), anônimo! Muitos olhares vão esperar por aqui...
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