Há
tantas guerras entre nós, em nós e no mundo... Por isso, vivemos assustados ou
desligados e em nossa maioria talvez entre um e outro. Esse adverbio de dúvida
é a área cinzenta por onde tanto transitamos, aliás vagamos nesta incerteza de
atos contínuos de violência extrapolados entre a tolerância e a intolerância. A
diferença entre estes é que o último já não tolera mais e o outro por enquanto tolera...
Quantos
atentados contra a humanidade acontecem diariamente? Incontáveis, é certo, mas
quando toma proporções mundiais surtindo os efeitos queridos pelos mandantes e
treinadores há comoções indefiníveis e minutos de silêncio intermináveis. Matar
ou morrer não resolve os problemas do mundo quanto mais de indivíduos porque
sabemos que esta dívida sem dúvida será cobrada por algo ou alguém.
Na
nossa história vivemos repetindo os massacres, os holocaustos dizimando vidas e
deixando vivas sequelas psicológicas indeléveis. Quantas “minorias” foram
covardemente atacadas, mortas, exterminadas...? “‘Bárbaros’, imigrantes,
estrangeiros, cristãos, negros, judeus, índios, mulheres, homossexuais, pessoas
que optam por outras formas de encarar a vida e nós não temos que tolerar,
julgar não cabe a nós nada além de respeitar.
Mesmo assim nos consternamos diante de fatalidades. Ainda
bem. Continuamos humanos, continuamos errando, historicamente repetindo
homéricos erros e fingindo aprender, entender... Fingindo que ataques
planejados covardemente a culturas diferentes não mais acontecerão.
Só nas
últimas três décadas já nos unimos por Kosovo, civis afegãos, centrais
americanos, África, Kuwait, sérvios, bósnios, iugoslavos, Metohijas, líbios, egípcios, Quênia, Somália, Estados Unidos, civis israelenses, iranianos, iraquianos, sírios, incontáveis vezes
pela democracia, hoje é pela França, mas se nos uníssemos sempre não haveria
necessidade de nenhuma lamentação nem do aumento da raiva, intolerância, do
preconceito e da cultura do medo.
Um comentário:
Medo de tudo....de viver...de morrer! Boa reflexão!
Postar um comentário