O aroma das flores invadia
era dia
como não foi e nunca mais
será
pingava dos olhos desfocados
selvageria mais mania
de forçar ser o não
permanecerá
falhava a memória em falsa
nostalgia dissintonia
Alzheimer negativo da mente
a se esfacelar
direto na cratera da lua
serenando a fria apologia
esfera imaginária na ilusão
daquele satélite buscar
românticos de lua cheia devaneia
hipocrisia fina
olhando o horizonte de
esguelha o sol a paquerar
coração na incisão da noite arritmia
disritmia
cirurgia clandestina a
anestesiar a dor para chegar
chegou... Uma noite de dia e o aroma das flores ainda
permanecia no meio da tarde anônimo pela manhã nas cores que ele mesmo fazia
pela manha que cria algo impossível de contar o tempo [até contar sem saber].
(às 17h54, Rafael Belo, segunda, 09 de novembro de 2015)
Um comentário:
Gostei muito.
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