Há
36 anos As Fontes do Paraíso criavam
uma nova legião de fãs e Arthur C. Clarke elevava mais uma vez o prestigio dos
escritores de ficção científica. A felicidade de antigos, atuais e futuros
autores bebia direto dele. Assim livros, filmes, HQ’s e animações têm hoje falas,
trechos e imagens só possíveis depois da publicação deste clássico.
Fatos
históricos e científicos são enredados com muitos diálogos
lembrando outro clássico: a profunda trilogia “psicofilopolítica” A Revolta de Atlas de Ayn Rand de 1957. Ambos
deixaram suas marcas em Ken Follet que lançava, em 1989, a trilogia arrebatadora
Os Pilares da Terra. Mas, voltando As Fontes, Clarke conseguiu condensar
tantos assuntos interligados em um livro quando facilmente seria uma saga
enorme.
Relançado no Brasil este ano, As Fontes entrelaça física, engenharia, matemática,
história, estupidez, arrogância e sabedoria para nos fazer literalmente viajar no tempo. Vamos de dois milênios atrás, a mais
de um milênio e meio à frente, entre estas distancias vamos ao passado próximo,
aos dias atuais e algumas centenas de anos depois enquanto pontes são
construídas.
Esta
narrativa eficaz, precisa e envolvente revela a ambição de duas épocas onde
grandiosidade, falhas e abrangência intelectual constroem As Fontes do Paraíso para a eternidade vinda do passado marcante do rei Kalidasa desejada por
Morgan no nosso futuro. Este quer uma ponte entre a Terra e o espaço... Seu sonho está para
se realizar diante de toda a incredulidade daqueles a presenciar a evolução.
Também há vidas
inteligentes em outros planetas e previsões sobre o que esperar em Marte no
futuro da humanidade abordadas de forma surpreendentemente natural, assim como as eternas lutas contra
a gravidade, para permanecer em pé e deixar uma marca na história para o não
esquecimento são intermináveis. Além disso, há um posfácio do autor e ainda um
adendo de dez anos depois do lançamento do livro quase como uma conversa direta
conosco, leitores. Nesta leitura o Paraíso é a realização dos nossos sonhos. Só posso finalizar dizendo: deveria ser uma saga.
Não perca tempo! Vá ler já!
*
Editora Aleph @2015
350
pag.
Tradução:
Susana L. de Alexandria
Título original: The Fountains of
Paradise
1ª publicação: Rocket Publishing
Company LTD. @1979
*
Um comentário:
Uau... Esse livro é o queridinho de quem curte o gênero.
Tenho certeza que é uma leitura agradável. Uma pena que não é uma saga, como você disse haha. Espero ler em breve e com essa nova capa que está perfeita.
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Revelando Sentimentos
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