Doem minhas juntas minhas articulações minhas dobras
nas sobras de meio ilusão metade imaginação
escola dos meus pensamentos labirintos em alguma boca
escondida na minha barba perdida por escolha
uma música me hipnotiza me descobre todo
fogos de artifícios destroem edifícios no meu estomago
um eu autônomo desdenha do louco
se agarrando às escorregadias aparências
bolinando as saliências de soltas línguas por aí
olhares do avesso me atravessam o desejo dos outros
quem são os outros senão eu caminhando fora do meu corpo?
Escalo a depressão faço a barba descubro as montanhas nos
olhos do povo
Preso no daltônico olhar torto.
(Rafael Belo, às 17h02, segunda, 02 de
novembro de 2015)
Um comentário:
....descubro as montanhas no olhar do povo!.. Muito bom..mamyss
Postar um comentário