Rasgam radicalmente os rasos
ruídos rarefeitos
rosnando raras rugas invisíveis dentro
de todos os impossíveis
silêncios sofrendo seriamente
surtos involuntários imperfeitos
estreitos em entendimentos
estranhando serem acessíveis
até a gota de humanidade pingar
sem restar mais nada no lugar
ar na bolha acústica envolvendo o
desesperado grito revelador
onde a dor condensa todo o
guardado sem se sentir
como se sente o som ao se
dissipar rompendo a calada da noite sem partir?
ao nosso redor mais um novo
amanhã corre com cães ao cair no sono
desperta humano sem dono
indisciplinado no seu sonho deitado a latir.
(às
00h07, Rafael Belo, quinta-feira, 1º de setembro de 2016)
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