terça-feira, novembro 29, 2016

Debaixo da quedá’gua



sorrisos rachados espalham rachaduras pela face
disfarce nossa frágil arte atrás dos muros da fortaleza
a solidão da certeza desta frieza na ilha vira salgada chuva

fragilidade de dois gumes do chão ao cume usa luvas

para não deixar má impressão todo mundo urra
após curva surpresa da vida insistir em resistir até o fim
e o ser humano volta a vestir a raposa e as uvas

no grande campo aberto não há cheiro discreto no jasmim
ai de mim se não chorar chuvas para a dor deixar de ser turva!

(às 12h53, Rafael Belo, terça-feira, 29 de novembro de 2016)

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