Escorrem lágrimas no vidro gotas no rosto
culturalmente exposto à janelas despedaçadas
um monte de nada acumulado em lugar nenhum
cores contrastando cancerígenas camuflando diariamente ditos
entretenimento entrementes
intramuros o bruxismo rugindo trava a escalada das palavras pela boca
tudo volta do estômago em refluxo
e o repuxo do mar arrasta para o fundo
mundo dos moribundos das línguas mordidas e vozes penadas
perdendo penas pensadas apenas para voar
então se afogar na superfície do vazio quando a ressaca do mar revidar
com as falsas bruxas voltando a queimar.
(às 13h43, Rafael Belo, segunda, 31 de outubro de 2016)
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