passa o coelho branco veloz um
borrão santo arremessando o tempo
estamos atrasados correndo em
quedas por buracos do avesso nos desfazendo
diante do adiante com os
ponteiros loucamente girando a cada 11 números se atropelando em segundos
supostamente idênticos
vamos nos manipulando na corrida
maluca do pós-moderno não existindo no ciclo confusamente dântico
pânico do agora outrora outra vez
se repetindo enquanto vamos indo na mesma direção
rompendo a situação na inversão
de todos os sentidos nossos passos são o caminho
para onde vão nossos pés é o
lugar do nosso instante hesitante em não se repetir
coelho branco sentado no banco
deixando sozinha pressa partir
e o segundo neste eterno milésimo
arde à tarde enquanto o sol pára para nos ver se pôr
então a noite falha em nos fazer
dormir queremos nosso tempo de volta para acontecer aqui.
(às 15h, Rafael Belo, quinta, 24
de novembro de 2016)
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