a independência grita presa no
peito de um jeito que o sujeito precisa libertar
vários vazios vazam escorrem
espontaneamente espaços espremidos
em qualquer lugar
comuns contradições contrárias
como corais corados fora do mar
ondas imaginárias trazem e levam
relevam nossos plágios apagam nossas digitais
ficamos sem controle quando o ar
nos envolve acusando cópias descaradas nos deixando sem respirar
inóspita vontade de não morar de
namorar a ventania sair carregando quem quer se levar
pelos estágios de se revelar
vazio de coisas cheias
cantar cantos cromados de sereias
com crostas camadas de eu acumulados nas poeiras onde cavamos nossas
profundidades
sem autoridade a fragilidade
despedaça o coração repleto de falta de Amor próprio
impróprios para nós mesmos
desatamos desertos desolados de delegacos de tempestades de areias
enterrados na superfície doem
todas as partes do ócio de se entregar parar de arrastar as correntes da alma e
se autoassombrar
contraímos os hinos do medo o
risco de temer nos iludir partindo perdidas ilusões para tomarmos de hora em
hora
quanto mais demora se distancia a
chave da nossa gaiola e o Amor tão livre é reprise para ver se a gente se
devora.
(Rafael
Belo, às 02h06, terça, 15 de novembro de 2016)
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