Atropelam as horas os estatelados olhos da insônia
cerimônia de tentar teatralmente temperar tempestades mentais
tramam timidamente twittar o manifestar das ideias presas ao
entretenimento machucando a goela
a língua se rebela revela o preenchimento do vazio
cultua o rio sua fluidez arrebenta correntes matando a serpente com a
própria correnteza
cultura calada cavando camadas nos arrepios da pele onde habita a real
esperteza
experimentada na previsão de chegada de cada turbulência improvisada pelo
coração
um comichão percorre a sola do pé até o fim do cabelo
apelo para a única certeza ser a cor da pureza contaminada de ser você
aprisionada liberdade engaiolada fora de todas as asas voando longe da
mente para não morrer.
(às 03h04, Rafael Belo, quinta, 03 de novembro de 2016)
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