sexta-feira, fevereiro 17, 2017

Apagada (miniconto)




por Rafael Belo

Absurdos em séries surtam no mundo e eu já não ligo a televisão mais. Trump decidiu: “o Brasil é da América do Norte. Sorte para os brasileiros”. Um muro gringo terminou de ser erguido para a gente pagar. Outros muros são construídos por aí. Picharam meu nome errado ao me chamar reacionário… Nem o gênero acertaram. Ainda escreveram otário… Anaê Hinário… Meu nome ao contrário é Êana.

Os universitários estão todos nas ruas nervosos. Policiais a paisana questionam, gritam: “mais impostos?!”. São expostos por defenderem uma opinião. Deve haver outra questão. Quem acredita na televisão? Há um grupo em rebelião com protesto violento, uma violação ao decreto de pacificação. Já não se é minha imaginação ou realmente vida em ação. Pode ser apenas mais uma série de destruição…

Uma fase de ilusão para pensar nas possibilidades. Longe ou perto da verdade? Ê Anaê, como foi se envolver com uma pichação ?! Não, não! Envolveram-me. Nem assisto tevê para poder pensar buscando informação em mais de um lugar. Brigar comigo mesma é uma inação ou afobação? Não pode ter só um lado na televisão, com certeza há grades com melhor programação.

Quem sabe a gente ouça a intuição ou ao menos o coração, pois a razão já perdemos como história… Esquecemos! Vivemos tanto nos livros, na humana trajetória e só repetimos esta série sem fim, esperando espaço na agenda para marcar uma nova data para o mundo acabar. A política bate na minha casa, o sistema na minha cara… O problema é ter a vida revistada, cada vírgula interpretada da maneira adotada, minha mente está revirada. Haverá reviravolta e na próxima volta virá violência. Ao invés de um tapa, ser interrogada… Serei fuzilada! Apagada!

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