autênticas cópias acertam os erros destecem o tecido do som surdo gritado no mudo
culpo o tempo por ainda não esquecer por ainda
não curar o incurável sendo um terremoto inamovível
muto um outro ser qualquer em máscaras reais
fixadas no meu imparável rosto
há um gosto salgado se fazendo de amargo no
meu doce onde meu paladar insosso tem o sabor de um gosto oferecido pelas asas
barulhentas do menor inseto destinado a só rastejar
há um experimento do azedo ser agradável para
quem experimenta com uma boca não apenas minha
alinha o batimento acelerado no estado
estático de quando a linha do coração é um bipe contínuo hospitalar
a morte não vai chegar ela equilibra a
arrogância o desprezo no sossego agitado no desassossego do ombro calado
ouvinte da hora acertada mesmo no erro na palma estatelada
com as raízes desenhadas da Senhora até no
nosso tropeço esquecido dela nunca ter ido embora
+às
02h20, Rafael Belo, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2017+
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