envolvem-se as asas do inseto com
o branco teto iluminado
emaranhado de ideias soltas
loucas para realizar seu espalhar
pelos pêlos felinos entorpecido
de sonhos do próprio adotar
ar rarefeito feito de vazamentos
de sinônimos anônimos do tempo acabado
não há nada além do agora
enrolado no nosso pescoço tentando nos pendurar
no gosto da vida dissolvido na
boca enquanto a lesma faz da zebra presa da hora
folhas caem no chão com demora
simultaneamente tão veloz à sós
cós do barulho do outono sozinho
esperando apertado a mão do destino
sino soltando som de badaladas na
balada da noite calada nos vendo nos abusar
roupas se rasgam eram quem fomos
envolvidos zumbis capturando apagados vagalumes iluminando nossos resgatados
laços ainda em março.
+
às 22h46, Rafael Belo, segunda-feira, 20 de março de 2017+
Um comentário:
Muito bom!
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