por Rafael Belo
Amanhece
mais um dia e ele vem cheio de empatia para a gente conquistar a liberdade.
Esta conexão de um sentimento total dentro de nós transpassando a solidariedade
instantaneamente é como tirar férias das coisas materiais e, finalmente, ser
humano. Sentir não só o próximo, mas o sentimento dele. Não apenas curtir,
compartilhar, fazer um novo post e textão, mas pertencer também a uma dor, a
uma preocupação e a uma alegria. Um coletivo movimento verdadeiro como a
natureza. Veja o mar. Ele beija em ondas pelo impulso dos ventos toda a praia,
molda as pedras, se arrebenta e todo este entorno vai com ele...
Não
percebeu? Se o mar está agitado tudo ao redor também está. Nunca sentiu isso? Aquela
mudança no ar indicando chuva, perigo, alguém se aproximando ou alguma coisa prestes
a acontecer chamados por nós de intuição? Com certeza em algum momento da tua
vida já. Então, isto é empatia. Intuição é uma simplificação desta nossa
sinergia e sincronização, mas aos poucos vamos avançando em direção da idade e
ela vem nos encarando até o inevitável encontro. Ao nos misturarmos nos
afastamos deste nosso sentimento original capaz de sacramentar o pertencimento
e culpamos o tempo ou alguma faixa etária a qual passamos.
Pertencemos a
tudo sem ser propriedade de nada. Feche os olhos e respire bem devagar e saberá
sobre isso de imediato. Nós multiplicamos, dividimos, somamos, mas aprendemos
menos a diminuir de forma grossa, pejorativa e de afastamento. Estamos enganando
quem? Este corpo acaba a cada novo dia e se não estamos em sintonia com nossa
divisão... Caímos na repetição. O telefone toca e sem ver o identificador ou
qualquer razão plausível você sabe quem está ligando... Bem, já sabe. Mas temos
medo de dividir e de somar e ficamos só olhando sem sequer ter argumentos ou
saber de onde vem este discurso usado ou pior, sem sequer pensar no significado
real dele.
Está em
nossas mãos este elo inquebrável nos igualando diferentemente uns aos outros de
não estar e se colocar ali naquele sentimento e situação, mas viver aquilo. Estamos
psicologicamente, emocionalmente e espiritualmente sentindo porque somos
espíritos perdidos em uma competição por vazios, por belezas, por troféus, por
relacionamentos falidos, por dinheiro e poder. Você sentir algo pertencente a
outrem não é um fardo é realmente entendê-lo tornando tudo mais leve, célebre e
divino em um pulsar tão humano quanto demasiadamente se pode ser como as ondas,
raízes e conexões em nossas palmas, só olhe e deixe.
Um comentário:
... Está em nossas mãos....só okhe e deixe!
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