tudo branco no preto, no entanto, no escuro, no
apagar dos holofotes
é rolada a sorte / são jogados os dados tanto
no canto do urubu, toda vida é carniça é fome é um
cozido cru/ nu à espreita de todo santo / cheio de velas na esfera do mesmo
nome, em pranto
todos são considerados ninguém /ninguém pinta
alguém de outra cor, cada aparente ator, some
pelo pequeno veneno vendendo como cura
o extremo selo da fissura, da loucura do estado
apagado, de tão sereno e caiu na noite
estrelada e fria / uma caligrafia assinada pela
espada
na carne antiga /sina bandida, assassinada pelo
ouro de tolo
no brilho do olho, feito garrancho no ranço são
multidão
não adianta ter a intenção / devaneio de
pensamento
se a ação é só fragmento / despedaçado, despedaço
fraco
nos frascos comprimidos do envolvimento / quase
fingimento
a ganhar só por um momento fraterno / há momentos
eternos.
(às
14h45, Rafael Belo, quarta-feira, 07 de maio de 2014)
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