por Rafael Belo
Atentando-nos
tem sempre alguém prestando atenção. Não importa nossa crença ou os pensamentos
de quem nos vê porque este pode ser nós mesmo em um elevado grau de consciência
sobre as consequências dos atos contínuos feitos por nós. Um deus lubrificante
e “desinibidor” sempre cultuado é fermentado e destilado. Estas bebidas variam
do social para o antissocial com a mesma velocidade dos copos virando e, então,
lá se vai uma festa perdida em esquecimento alcoólico.
Fora as
agressões e as amarras do monstro escondido na lucidez, o eu lubrificado acaba
solto e corajoso há milhares de anos. A ardência no ar e o bafo inebriante vira
briga de festa, de bar, daquele alvará de libertação, de fim de escravidão para
àquela criatura confabulando na nossa mente querendo socar, reinar, os
holofotes e o microfone para comandar aquele corpo, outro durante o dia,
enquanto trabalha...
Própria mente
conspirando para ir à forro, ser farra enquanto a música toca, durante a
revelação daquele desconhecido dos outros e declarado estrangeiro por nós
mesmo, mas não. Quem se revela não está escondido está lutando para ser quem dá
bom dia ou grita bom dia por quê?! Somos
o álcool e a água e por não nos aceitarmos ignorantes perpétuos ignoramos a
individualidade verdadeira e a diversão sem desculpas.
Embriagados estamos
de olhares imaginados, de cobranças inválidas, de nos afogar turistas da vida
consequência das nossas escolhas, mas não buscamos significados reais, queremos
esquecer, nos iludir e festejar a vontade do prazer pelo prazer e não entender
quem é o monstro e o significado de saber enquanto somos massa porque é fácil
moldar e lidar com a ressaca com receitas caseiras e analgésicos industriais.
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