cofia
o rosto o cabelo as barbas do Tempo
fiando
fiéis fios das sombras
tombas
a desfiar todas as costuras do firmamento
não
há nenhum momento se perdendo
o
mundo vai passando por nós
atando
frios na barriga e a confiança intriga
lança
sua lança a nos transpassar
o
medo balança
até
quem não dança aprende a dançar
pega
o fio da navalha afia a agulha e vai costurar.
(Rafael
Belo, às 21h25, segunda-feira, 30 de março de 2015).
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