labirintos
famintos devoram insaciáveis
os
instáveis moradores de si
cantando
em dissonante nota na cidade remota,
a
anedota projetada no espelho um dia hospitaleiro
hospedado,
agitado, no seu prolongado ano prisioneiro
rodando
no próprio eixo, nos arredores por aí
sem
saber ter onde ir indo liberto seu incerto interiorano
rasgados
planos capitais sem cantos soltando ruas sem saídas
partidas
pelas feridas escorridas das veias abertas
desertas
da origem na vertigem
que
nos trouxe até aqui
(Rafael
Belo, às 15h29, terça-feira, 03 de março de 2015)
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