Dona
música olhava pela fresta e lá embaixo o sr. Canção admirava aquele pequeno vão
onde os olhos dela enxergavam liberdade. Ambos pensavam neste momento como a
mais bela melodia. Ainda não era nem deixava de ser. Algo entre um minuto e
outro, as pausas e os sons, os jogos entre os silêncios...
Era
uma junção sem fim de coisas boas palpitando no olhar de ambos e cantando no
ouvido da vida. Na verdade, os dois gostariam de ouvir outro “entre”. Eles possuíam uma paixão
equivocadamente platônica um pelo outro. Ele gostaria de ouvi-la dizer entre
sem bater e ela desejava dizer que entraria com prazer entre o olhar dele e a
imensidão.
Enquanto
a melodia desafiava, desfiava e desfilava diante da imaginação de ambos, aquela
fresta ficava sem dimensões se expandindo feito o fim de uma estrela, ou seja,
um buraco negro os estava sugando para a mesma direção. Dona Música e sr.
Canção temiam não ser uma boa dupla, mas temiam mais a desilusão.
Então,
a boa e velha Serenata baixou no sr. Canção e a fresta de ambos já passava de
uma janela quando chegou também o sereno e a noite. Pronto! O ambiente estava
perfeito. Música dispensou o dona, Canção o senhor, a melodia agora era cola e
a Serenata não faltava mais para fazer o Amor cantar e virar trilha sonora
contagiando um festival de novos casais.
Um comentário:
.....virar trilha sonora contangiando novos casais!"
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