quinta-feira, agosto 17, 2017

Oração insubordinada do Amor




com meus inteiros à vontade por aí passeio pela pele eriçada inundada de tanto Amor
transbordo das plantas dos pés flores inesmagáveis com toda a nudez necessária naufragada do coração flutuante flameador
não há dor neste desafio declamado diário inapagável chamando chamas contrastadas de iguais
somos tão plurais a somar vogais universais em meios as interjeições suspiradas não havendo nada impossível de realizar

se Amo todo dia a energia propagada aquece a fogueira do olhar
te Amo em sintonia à alforria desvirginada que evanesce cantadeira alma do desjurar
vê Amô a Beleza está em todo lugar balançando bandeiras benquistas do nosso cotidiano conquistar

sopra todo o ar na lareira da boca que a braseira vai se espalhar levando as sobras de roupa queimando apenas aquele mormaço interno onde a gente esquece de capturar as borboletas estomacais nascidas todos os pássaros cantando sob nossa pele

acontece o Amor e eu me mudo para o universo na oração insubordinada do meu avesso verso de se entregar ao não pertencer.


+ às 09h19, Rafael Belo, quinta-feira, 17 de agosto de 2017+

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