terça-feira, agosto 08, 2017

apgando




aquela pequena idade ficava em casa travada nas telas
dedicada a infinitas janelas esquecida nos velozes dedos
nenhum anseio do desconhecido de pegar brinquedos
seu segredo saia de trocas entre o que queria e as birras

manhas mastigadas todo dia filhos do tempo e das iras
perdidas em responsabilidades cedia a tardia idade
séria inocência egoísta seria esquecida sem nem se lembrar

na ânsia de educar deseducou desamou etapas queimou
infância colorida perdeu a cor não havia ruas nem desenhos pulou

não era amarelinha era toda uma linha do tempo agora inexistente acabou.


+Às 09h52, Rafael Belo, terça-feira, 08 de agosto de 2017+

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