terça-feira, agosto 22, 2017

concentrados na dor




há uma ruptura no tempo em uma mistura da censura de duas texturas
bipolaridade inexistente só latente pelo desconhecimento de tantas outras alturas
outros tantos pólos em nós pessoas tolas sós em pensamentos paranóicos
quanto humor é necessário na medida do ordinário histórico modo de não sorrirmos?

estamos tensos destinados a digestão da jiboia enrolada em nós
embrutecidos pela divisão da competição nem sequer florimos
a gente boia na água morta pela nossa poluição no modo algoz

nossa triste voz desconhece o humor acabando nos deixando sem saber para onde irmos
transformando a velhice em doença manipulada na mesmice dos prós

chatice de acabarmos crianças já avós rígidos concentrados na dor sem qualquer bom humor.


+ Rafael Belo, às 11h06, terça-feira, 22 de agosto de 2017+

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