com
meus inteiros à vontade por aí passeio pela pele eriçada inundada de tanto Amor
transbordo
das plantas dos pés flores inesmagáveis com toda a nudez necessária naufragada
do coração flutuante flameador
não
há dor neste desafio declamado diário inapagável chamando chamas contrastadas
de iguais
somos
tão plurais a somar vogais universais em meios as interjeições suspiradas não
havendo nada impossível de realizar
se
Amo todo dia a energia propagada aquece a fogueira do olhar
te
Amo em sintonia à alforria desvirginada que evanesce cantadeira alma do
desjurar
vê
Amô a Beleza está em todo lugar balançando bandeiras benquistas do nosso
cotidiano conquistar
sopra
todo o ar na lareira da boca que a braseira vai se espalhar levando as sobras
de roupa queimando apenas aquele mormaço interno onde a gente esquece de
capturar as borboletas estomacais nascidas todos os pássaros cantando sob nossa
pele
acontece
o Amor e eu me mudo para o universo na oração insubordinada do meu avesso verso
de se entregar ao não pertencer.
+ às 09h19, Rafael Belo,
quinta-feira, 17 de agosto de 2017+
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