Do
avesso não
por
que falar da minha dor, se tenho a sua para escutar,
toda
a primavera distribuir em um única flor,
sorri
chorar, como se a mesma emoção fosse
te
ouvir me faz soltar, espalhar tinta, grafite, gastar teclados
escrever, reflexos
transformar
o individual em coletivo, crescer, dispersos
expressar
para cada olhar, o ver de cada um
com
cores só vistas por elas e da minha tinta tom algum...
ah,
mas não me calo se te dou ouvidos,
pois
separados somos indivíduos
guardando
a textura do sabor da dor para nossos momentos sentirem o aroma na mão
mas
unidos a dor não nos dobra, sobra e derruba o dito inimigo, nosso próprio medo
por
isso, falo e te chamo para falar comigo, revele todos seus segredos
faça
seu enredo, um síntese no sumário,
conte
seus tropeços e reflexão,
caso pensem ao contrário
são reticências, interjeições, pontuações... Mas, do avesso não.
(às
00h19, Rafael Belo, quinta-feira, 27 de março de 2014)
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