A truculência para
retomar um espaço conquistado, mais conhecida como agressão, violência física é
a forma mais clara de desespero do ser humano. A pressão psicológica diária e a
constante disputa de seja lá... São nosso cotidiano. Mas, se engana quem
acredita ser o caso do poder, seja qual for o cargo a proporcionar certa (ou
toda) liderança a alguém, ser o culpado, a vítima. Porque estas acabam sempre
sendo as localizadas longe de onde as decisões são tomadas. Porém, o engano já
está na frase. Quando o historiador liberal inglês do sec. XIX, Lorde John Acton,
a disse esta não tinha a tendência a se generalizar. "O poder tende a corromper;
o poder absoluto corrompe de maneira absoluta (absolutely). Os grandes homens
quase sempre são homens maus".
Tender a, é
totalmente diferente de ser e pronto. Não é o mesmo de definir. Como manipuladamente
acontece com a frase de Acton atualmente (e há muito tempo): o poder corrompe e o poder absoluto corrompe
absolutamente. Não vem a sensação de sempre ter alguém tentando nos
manipular em toda hora e em qualquer lugar? Eu me sinto assim. A frase original
possui “tende” no seu contexto. Não muda totalmente? Tendências podem ser
detidas, contidas e limitadas. Coisas absolutas não. Assim como Nelson
Rodrigues insiste em ecoar Toda unanimidade
é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar. Pense sempre,
mesmo se parecer desnecessário, nunca o é. Há sempre algo importante até no
meio da futilidade.
É importante dizer,
então, sobre estes “grandes homens”. Grande de tamanho, medida, de conquista,
de ostentação, autoridade, poder... Não de grandeza de coração, caráter, ânimo,
de elevação de sentimentos, generosidade. Estes últimos compartilham, dividem porque
conhecem e se preocupam para algo além de suas bolhas. Quando não existem limites,
não há como ter contenção, equilíbrio, justiça, as bolhas se inflam, aumentam
ao invés de serem estouradas. É absoluta corrupção do ser. Por isso, maus. Também
não é mau de essência de oposto a bom. Nada de anjo x demônio. É o mau
comportamento, a má índole.
Como nosso
comportamento de seguir tendências são as modas acolhidas diretamente do padrão
das estações de se vestir. Estamos nesta estação (como se não saíssemos de
nenhuma). Do retorno do olho por olho, dente por dente. Quer? Vai lá e pega
para você... Não importa quem vai prejudicar ou o custo da ação. É preciso
deixar esclarecer os atos e as palavras. Deixar claro para não haver qualquer
resquício, nenhuma sombra, nenhuma linha descosturando com restos, sobras para
serem interpretadas em qualquer contexto ou mandar recados indiretos. Assim,
nos tornamos cúmplices dos justiceiros. Os quais só querem extravasar a própria
raiva, alimentar mais a frustração e satisfazer sua visão distorcida de
justiça.
Um comentário:
"Pense sempre, mesmo se parecer desnecessário, nunca o é. Há sempre algo importante até no meio da futilidade". Quem tem olhos de ver, sempre vê alguma boa lição. Abraços Belo! Fabiana Silvestre
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