quinta-feira, agosto 14, 2014

A cor



O som dos grilhões ressoa aos milhões
multiplica correntes do passado em sensações
dissimulações de um tornado arrastando fantasmas
nas ligações das nuvens e do solo, ambulantes casas
não podendo ser chamadas de lares, apóstolo com asma
caindo nos colos, vulgares pensamentos de quem perdeu asas

vaso antigo contendo sorrisos perdidos, mas nada vaza
as fissuras são meras rachaduras onde o tempo não passa
atrasa o conteúdo para um fundo em brasas
com toda a fumaça escondendo o sol e a cor do céu azul.


(às 20h42, quarta-feira, 13 de agosto de 2014, Rafael Belo).

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