terça-feira, agosto 19, 2014

ateu




labaredas leves levantam lambendo
lágrimas liberadas lustrando lesadas,
intactas, o alaranjado ar da limitação
da deposição do eu
perdido em uma urbana legião
na maior mentira mentindo para si, seu
quase sem querer crepitando a disposição

em um olhar ao longe na contradição
na falsificada sinceridade que doeu
na queda do apogeu na própria razão imposta [sem percepção].


(às 18h40, segunda-feira, 18 de agosto de 2014, Rafael Belo).

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