extremos
dos tempos sem início no começo nem término no fim
poeira
levada pelo vento aos confins do sim
residente
na paralisia cerebral balançado concordância
a
todo autismo opcional onde os olhos não veem o horizonte a distância
nossa
negação cotidiana repleta de intolerância
instância
de nós arrastados por correntes, metálico sopro vazio som de passos
edição
de personalidade em alto padrão, descompasso
todo
uma era de distração imersa em profundidades rasas
raras
vozes com sentido despetalando flores secas
repetição
de vidas à deriva onde a riqueza que vale é gorjeta.
(às
18h40, segunda-feira, 11 de agosto de 2014, Rafael Belo).
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