terça-feira, outubro 24, 2017

boiando






os talheres estrindem nos pratos sujos da pia
range o corpo como a casa contraindo dilatando autonomia
mais anarquia nem é mais novidade na cidade que se degladia
qual pássaro você é quando perde suas asas no meio do voo da miopia?

a disritmia da tempestade arranha com galhos secos a janela
fazendo fobias fenomenais raios cortando celestias olhos em tela
escapa a alma pelo caos da boca aberta desperta o alerta da destopia

tramam traumas traços insurrectos daquilo feito pelas traças de nós
sós nesta insurreição do fim do mundo a todo segundo que animal devora esta carne podre?

sobre várias mortes nossas boiam os rios que não mergulhamos e ao final do dia tudo esvazia para onde vamos?


+ às 11h39, Rafael Belo, terça, 24 de outubro de 2017+

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