por Rafael Belo
Não há novidades acontecendo no
mundo. Morte, histeria, fatalidades e tragédias. O mundo está ao contrário há
muito tempo. Não é que a gente não repare, infelizmente é um costume se
acostumar. Ando tão em silêncio ouvindo as pessoas reclamarem estarem sós ou da
pessoa com elas. Reclamam do país, do emprego, da família, fazem críticas
gratuitas aos amigos e conhecidos e falam mal de quem nem conhecem... O botão
do pânico se instala e desinstala automaticamente como um vírus indetectável. Assassinatos,
vinganças, assaltos, roubos, corrupção e alardeamos o fim do mundo outra vez.
É triste conviver com tantos fatos
pesados e a forma de lidar com isso segue só dependendo de nós, mas não
mantemos a palavra mesmo assim. Nós mentimos para nós mesmos, descombinamos o
certo e desconhecemos nossas prioridades. Estamos flutuando pelo mundo sem
objetivo algum sem nem cuidar do lugar onde vivemos. Perdemos. Fomos derrotados
por aquela imagem alterada no espelho e nem temos a capacidade de reconhecer. Portanto,
nem vamos perceber a necessidade da derrota, da dor transitória... Nós somos o
Mal do mundo e poderíamos ser o Bem. Nossos interesses se sobrepõem ao coletivo
ironicamente. Já reparou nossa “necessidade” de ser melhor que o outro?
Este ciclo infinito preso no
looping de uma montanha-russa sem manutenção formam um padrão de desgraças e
horrores atemporais. Basta ligar a televisão, assistir vídeos do youtube,
acessar sites de notícias, fuçar nos perfis por aí... Não, né?! Estou equivocado
demais. Nós recebemos tudo no whatsapp...
Fake news, notícias reais e quaisquer tipos de revoltas rasas armadas de
ignorância, intolerância, ódio e desarmadas de conhecimento e argumentos. Tu não
achas que isso tudo ajuda a fomentar a situação na qual estamos preservando
neste mundo e ainda assim desprezamos?
Tu tens feito algo para mudar a si
e, ao menos, o seu redor? Fico pensando nesta tal liberdade onde nos tornamos
pássaros, mas qual tipo de pássaros? Aí penso: algumas pessoas são como rios. Nunca
passam por nós da mesma forma. Não podemos desperdiçar o mergulho, mas vivemos
de desperdícios e desperdiçar. Somos como carniças esperando o urubu nos
almoçar, mas também somos o urubu... Neste mundo impossível de desassociar do
que consideramos espiritual quem é você, afinal?
Um comentário:
Somos criticistas e juízes escondidos e amparados pelo anonimato do mundo cibernético.
Postar um comentário