terça-feira, outubro 10, 2017

(re)pulso





desfia-se desfiles de fios solares na dó não sentida nem entoada
a pena apenas paira não se sente mais vai devagar subindo na rede
postada jaz deitada reluzindo alguma coisa qualquer no mal-me-quer
balança entre sopro e outro talvez no jogo ou realmente consolo da dor

há sangue na tela nos dedos na língua sem nenhum homicídio cometido
é ferida aberta voluntariada na atração voltada para o um dia vivido
repetido em detalhes omitidos pelo erro do outro pela perseguição

tocada visão embaçada forçadas lágrimas idolatradas pela invocação
faca cega na mão solitária coletiva emotiva no suicídio da resignação

se não for agora é perdição eterna pululando na tela em acelerada pulsação.


+às 09h13, Rafael Belo, terça-feira, 10 de outubro de 2017+

Um comentário:

Anônimo disse...

O indício da nossa propulsão deliciosa.
Cinthia