terça-feira, outubro 03, 2017

degradantes



as roupas estão espalhadas pelo furacão do corpo
a vergonha exposta como amostra grátis do julgamento
mente confinada no confinamento parte da contravenção
sem flagrante quando o degradante ganha holofotes da televisão

carne fraca oculta na desculpa de uma excitação descontrolada
a quem servem leis raciocínios do homo sapiens se animais são as bestas que controlam a pele desabitada?
desejo latente se corta com atos coerentes da sociedade totalmente segmentada

há tantas lâminas afiadas na naturalização dos corpos cortando todos
na nudez desafiada incentivada o gume da exposição vive na indecisão se é tabu ou não

estamos sangrando até nos esvair quem estamos criando qual legado estamos deixando na população criminosa a qual juntos vamos cair?


+Rafael Belo, às 08h43, terça-feira, 03 de outubro de 2017+

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