janela
aberta chuva indiscreta a se derramar
declamando
a impermeabilidade de ser quem é
o
avesso de mar a chorar
encharcando
o temporário levando o estagiário a navegar
em
uma cimentada acidentada maré
andando
sob as águas nos pés
a
cidade insiste em se afogar
em
copos de plástico a acreditar
nada
além da extrema fé
a
efemeridade permanece mais que o eternizar.
(às
21h47, Rafael Belo, segunda-feira, 09 de março de 2015)
Um comentário:
" a efemeridade permanece,mais que o eternizar'... realmente isso que acontece......profunda, texto muito bom! Ms
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