eu deito no improvisado leito permanente
do chão
nada está escondido nem cada perdida
ilusão
meu sono é tranquilo como de um felino
em imersão
sonho longe acordando tudo em revelação
aguda
acuda o esconderijo onde durmo no piso
gelado
vejo todo ser alado parado entrelaçado
com a contemplação
o desobstruir triste insiste a palavra
pela fala do selo quebrado
rachada pele desidratada pelos mares
escorridos no rosto lago
posto fato ser cavernas e abertos mares
no resgate de um náufrago
eu elemento cálculo sou gato largado lagarto para deitado casulo
consumo o inexistente na mutação
constante irreverente desapelo
apego seus olhos com os meus no regalo a
gente os arregala flagra os sinais arregaça mangas pelos demais percebe o quanto recebe vitais
quando nem o invisível é escondido pelos
avessos finais.
+ às
13h17, Rafael Belo, quinta-feira, 21 de dezembro de 2017 +
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