quinta-feira, dezembro 21, 2017

consumo inexistente







eu deito no improvisado leito permanente do chão
nada está escondido nem cada perdida ilusão
meu sono é tranquilo como de um felino em imersão
sonho longe acordando tudo em revelação aguda

acuda o esconderijo onde durmo no piso gelado
vejo todo ser alado parado entrelaçado com a contemplação
o desobstruir triste insiste a palavra pela fala do selo quebrado

rachada pele desidratada pelos mares escorridos no rosto lago
posto fato ser cavernas e abertos mares no resgate de um náufrago

eu elemento cálculo sou gato largado lagarto para deitado casulo
consumo o inexistente na mutação constante irreverente desapelo

apego seus olhos com os meus no regalo a gente os arregala flagra os sinais arregaça mangas pelos demais  percebe o quanto recebe vitais

quando nem o invisível é escondido pelos avessos finais.


+ às 13h17, Rafael Belo, quinta-feira, 21 de dezembro de 2017 +

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