por
Rafael Belo
Estou aqui disposta no meio desta
multidão de estranhos. Não vou esconder nada mais. Mas, alguém me diga como vim
parar aqui... Deixa eu pensar... Eu sai desta caverna subaquática depois de
horas me distanciando na cachoeira e oi?! Não, não estou falando com você?! Não,
não estou falando sozinha! Estou falando comigo mesma... Sai pra lá. É por isso
que me escondia... Não tenho paciência para isso... Não há paz nos roles... Não
há liberdade para as mulheres! Enfim, eu sai e caminhei sem rumo.
Ouvi meu nome diversas vezes sem me
importar. Fui apressando os passos porque na verdade havia um objetivo ali, uma
missão. Eu era uma redução, um rascunho...
Negando minha imensidão... Não devia preocupar ninguém... Sério? Cada um
escolhe com o que se preocupar. Eu devia tanta gente e tanta coisa, mas decidi
ignorar. Esconder-me era mais fácil, evitar, não falar e de que adiantou? Olha onde
estou? Veja como estou perdida?
Sei que ninguém lê textão mais. Sei lá
se é bode, se dá ruim, se é preguiça... Mas como você continua a ser eu, nós
nos entendemos. Você nem se lembra de ter escrito isso. Sabia que esqueceria
porque gostaria de esquecer, mas é preciso lembrar que alguns silêncios são
nocivos e outros fatais! Não retroceda, não recue... Não somos as mesmas mais,
é verdade! Eu sei, a diferença foi feita, mas nunca é o suficiente. Só não
perca tempo porque não há tempo perdido, no entanto nem tudo tem um motivo.
Esta coisa de aconselhar a si mesmo é
tão batido, batida... A única coisa a ser batida somos nós mesmas e eu quero é
mais estar bem, não só... Claro que há coisas que ninguém mais entende, mas a
gente se rende para continuar, mas não para ser menos, isso nunca! Nunca mais! Vou
cultivar minha calma, ser uma nova alma e me dar a paz. Eu sou mais. Sinto a
felicidade bem aqui e você também pode sentir. Não hesite de falar consigo mesma
e se ler. Este lugar maravilhoso também tem mar? É verdade... Vou mergulhar!
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