trava a língua a míngua e as cores não existem na pele de ninguém
quem não escuta as correntes tilintarem e se arrastarem no cotidiano?
anos de escravidão resistem debaixo dos panos as chibatas descem às
claras
não se apagam as marcas com cicatrizes sendo abertas sem hesitação
é preta a situação como a degradação desta adjetivação
sem objetividade o buraco negro suga até a luz em alta gravidade
enquanto o humor negro desembesta a nos denegrir na obscuridade
a sociedade está no enegrecimento pejorativo do samba do crioulo doido
doído no não sou tuas negas para ficar balindo neste rebanho de ovelhas
negras
com mercado negro magia negra lista negra e muito do negativo por aí
querendo nos extrair
ouça o que disse a história não é presunção nem achismo a tortuosa
trajetória a nos punir
negamos a inexistente inveja branca reforçando o oposto morremos com gosto
de Zumbi.
+ às 11h19, Rafael Belo,
terça-feira, 12 de dezembro de 2017 +
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