todas as noites quando vou dormir tatuo em mim uma âncora
para poder praticar a volta mesmo se a tatuagem sumir quando acordo
minha liberdade me leva para outros mundos onde a pele é só sensações
sou todas as nações em emoções intensificadas com as cores em aquarela
gêneros se espalham em um
igualdade sentinela da diferença das quebradas ânforas
como conchas misturadas às esponjas acabam as balas de borracha e os projéteis
de fogo
descem todas as tonfas pela última vez no jogo e só sobra o fim da dor
deixando o cheiro de cânfora
é difícil compreender que o passado não se foi e nada deveria segurar as exuberâncias
as alforrias demonstram ânsia mas cada dia que passa sou livre outra vez
como na primeira
todos os dias acordo com quandos à beira do despertar sem qualquer âncora
procuro minha sombra e também a descubro liberta nas significâncias.
+Rafael Belo, às 13h45,
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017+
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