quarta-feira, dezembro 27, 2017

Não contamos tudo (miniconto)






por Rafael Belo


O dia tinha terminado e o Natal ficado para trás. Foi solitário mesmo com tanta gente. Seria solidário ajudar como é, mas porque sempre tem aqueles querendo se aproveitar de uma mulher. Eles pensam mais vezes hoje antes de ofender, magoar... Na maioria das vezes na própria família, né? É onde estamos mais sensíveis e esperamos compreensão. Quem aqui nunca quis fugir de casa? Sair correndo e sumir por um tempo?

Assim... Eu amo minha família, mas sempre querem saber de namoradinho, namoradinha... Ah, me poupe, se poupe, nos poupe... Eu vou para os rolês para encontrar diversão, ilusão, distração e não problemas... Oi? Não eu não quero ficar sozinha. Mas, eu estou bem, entendeu? Quando aparecer alguém... Nossa! Por que estou me explicando? É sempre assim... Agora vão querer ser modernos e falar crush e match? Meu Deus! Como saio daqui? Conhecer quem?! Tchau!

Quem foi que criou uma filial da minha família aqui? Julgamentos comparações, constrangimentos, brigas, implicâncias e o que vem depois? Amigo oculto? Laços sanguíneos podem ser bem irritantes e qualquer coisa magoa. Se falo magoa, se calo magoa... Que existência é essa? Mas, quer saber? Eu amo estar com eles e sinto falta de todos... A maior parte do tempo... Não importa a minha expressão ou se não escuto a maior parte do tempo...

Ou importa? Eu me confundo às vezes e falo com uma certeza estranha que meus amigos são minha família. Até que são mais família que a família? Mas, não contamos tudo, tudo, tuuuudoooo, para nossa família, contamos? Se bem que nossos primeiros melhores amigos são primos ou até irmãos, não são? Faz horas que no status do meu nome só aparece digitando... Já me xingaram de tanta coisa por isso... Nem ligo. Só não sei se publico isto no grupo da família e deixo o tal “publiquei e sai correndo” ou não crio polêmica desta vez... Cara! Este grupo está tão parado... Publicando e correndo em 3... 2... 1...!

Nenhum comentário: