terça-feira, dezembro 05, 2017

de longe



o olhar ousa tocar prendendo a respiração
já não tem noção de tempo se perde distante
leva o semblante momento de intenso desejo com medo do tato
preso como um raro artefato reprimido nas areias de um deserto antigo

está instintivo lutando contra si deixando o coração em perigo
deixa de rir enquanto segura as mãos perdido naquela visão
quer o toque mas segue em choque movido por um coração atingido

tingindo em cicatrizes cauterizadas com caules cortados assim que nascidos
desfavorecido por outros batimentos fingidos está oprimido pelo acontecido tão querido

só imagina o físico contato quer sentir o impacto o calor o pulsar do respirar intensivo ao lado colado contudo flagelado permanece olhado agudo em dor frio sem amor.


+ Às 10h48, Rafael Belo, terça, 05 de dezembro de 2017 +

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