terça-feira, março 06, 2018

celular na mão





penso o quanto sou Narciso o quanto sou real
me perco no bom e no mau
misturo bem e mal
sou tão indeciso com tanta opção
tento me encarar de tantos ângulos
faço e desfaço planos como se controlasse o tempo
ouço um lamento um choro um velório
mais um simplório eu que se foi
como cômodos acomodados construídos e destruídos depois de vidas de hesitação
encaro-me em cada reflexo apagado de mim
sem saber se respira esta imagem sem fim
sendo selfies separadas pelo estado emocional na escada adaptada há uma jornada para começar
prefiro preparar-me em reparos retratados em vício para publicação
celular na mão…
preciso de uma nova emoção.
+Rafael Belo, às 01h07, terça-feira, 06 de março de 2018+

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